Falta de água no Vilas Boas volta a ser assunto na Câmara

por Câmara última modificação 24/05/2019 11h23

Laudo apontou que a água da localidade não está adequada para consumo

A água do distrito de Vilas Boas voltou a ser assunto no plenário da Câmara, que contou com a participação do presidente da AMAVIB, Luis dos Santos, que participou da Tribuna Livre no encontro de quinta-feira, dia 23 de maio.

Representando sua comunidade (e outras comunidades como Tuiutinga, Dom Silvério e Cruzeiro) ele veio cobrar o tratamento das águas de consumo como medida preventiva a  doenças que têm atingido parte da população. Para provar sua indignação foi mostrado aos parlamentares o resultado dos exames da água na localidade e exames parasitológicos de alguns moradores. “E isto não está acontecendo apenas em Vilas Boas, mas em todas as comunidades rurais pela falta de tratamento da água que é distribuída para consumo”, disse. “Segundo relato de médicos o caso é grave. Conforme mostra os exames pode acontecer até uma epidemia de parasitose, assim como anemia grave por hemorragias intestinal, abscesso hepático, abscesso cerebral entre outras patologias graves se não tomarmos medidas urgentes. Em tese essa negligência é uma agressão à saúde dos guiricemenses”.

No laudo apresentado com análise bacteriológica da água de Vilas Boas, realizado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Viçosa, foi encontrado 53,80 NMP de coliformes totais, e um nível de fezes (Eschiricha coli) apresentou 14,60 NMP. Em Dom Silvério a análise constatou 2419,6 NMP de coliformes totais, 920,8 NMP (Eschiricha coli). “O bioquímico responsável foi categórico ao dizer que a água está contaminada com fezes”, disse.

Também foram mostrados laudos de exames de algumas pessoas da localidade, realizados pelo Laboratório Silvio Di Mingo, que apresentaram a confirmação de Parasitológico de Fezes no organismo de todos. “os resultados mostram claramente que se pode ter uma epidemia de parasitose, assim como anemia grave por hemorragias intestinal, abscesso hepático e cerebral, entre outras patologias”, disse Luis, que também apresentou resultado positivo da patologia. “Autoridades de saúde pública precisam comunicar publicamente pontos relevantes de um determinado evento de saúde pública como complexidade, incerteza e riscos à saúde”.

Diante da situação os vereadores se mobilizaram e votaram um requerimento convocando o prefeito Ari Lucas de Paula Santos, a Secretária de Saúde, o de Meio Ambiente e outros que possam dar respostas sobre o tema. “É importante termos um esclarecimento do órgão competente e daqueles que podem solucionar a situação”, disse o presidente. “Esperamos que dessa vez a administração tenha responsabilidade e atenda o nosso chamado para dar respostas a população”.